Nunca nenhum tênis teve tanta repercussão e venda quanto o tênis Nike Air Jordan, criado para o lendário jogador de basquete Michael Jordan. Aproveitando o lançamento da série documental “Arremesso Final” da Netflix, hoje vamos relembrar a trajetória desse tênis icônico.
Foi em 1984, em um momento que a Converse dominava as quadras de basquete e a Nike buscava o seu próprio espaço no esporte que contratar um calouro pareceu uma boa opção. Mas quem seria o escolhido? Nunca tacada de sorte, Sonny Vaccaro escolheu Michael Jordan, calouro que foi a terceira escolha no draft, ou seja, não era considerado, ainda, um grande fenômeno.
Além do fato de não ser a promessa do esporte naquele momento, Michael Jordan é negro. Em 1984, não havia ainda muitos negros famosos nos Estados Unidos, então a ideia de ter um jovem negro vendendo tênis para a América branca, parecia absurda na época. O risco era enorme, mas como sabemos agora, os resultados foram gigantescos.
No começo de 1985, um tênis foi criado: um pouco desajeitado e nada ortodoxo, com as cores preta e vermelho do Chicago Bulls de Jordan. O sucesso foi imediato e impulsionado pelo jogo aéreo de JM e de fato, o nome “Air” vem da incrível habilidade do atleta de voar nas quadras.
Mas foi naquele mesmo ano que o comissário da NBA, David Stern, deu a jogada de marketing que a Nike precisava: ele proibiu o Air Jordan por violar as regras de cores da liga, todos os jogadores deveriam usar tênis brancos, colocando uma multa de $5.000 caso o jogador usasse o tênis durante as partidas. Tudo isso aconteceu no dia 18 de outubro, e até hoje a data é lembrada e celebrada como o #MJDay (o dia de Michael Jordan).
Depois do primeiro Jordan, outros 33 modelos foram lançados e se tornaram itens de colecionador